O sol desponta, banhando em luz a terra, Mas a alma do negro ainda chora e se enterra. Ontem, grilhões romperam-se em festa, Mas hoje a cicatriz da escravidão molesta.
Libertação? Que ironia amarga! Se a liberdade ainda é miragem, tão farta. Corpos livres, sim, mas mentes acorrentadas, Em um sistema que segrega e asfixia, sem piedade.
As correntes físicas tombaram, é verdade, Mas as correntes sociais prendem com ferocidade. Preconceito enraizado, como erva daninha, Brota em cada esquina, em cada esquina.
O 13 de maio foi um passo crucial, Mas a luta por igualdade é árdua e continual. Ainda há muito a ser feito, muito a conquistar, Para que o negro, de fato, possa se libertar.
Que este dia sirva de lembrete e reflexão, Para que a verdadeira emancipação ganhe corpo e ação. Que as correntes da opressão sejam definitivamente desfeitas, E que a aurora da igualdade finalmente seja completa.
Rodrigo Vicente
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